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segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Quando Joel me comeu

Aconteceu por volta de 1990. Eu era adolescente e estudava numa escola lá pras bandas do Jardim das Rosas, aqui em São Paulo. Era gordinho, tímido e vivia meio perdido pelos campinhos de várzea da vizinhança. Gostava demais de futebol, mas o isolamento imposto pela timidez não me permitia insistir em participar das partidas. Havia moleque de tudo o que era jeito e de todas as idades. Havia os pequenos de quem era mais fácil aproximar e jogar uma partidinha, havia os médios que eram mais ou menos da minha idade e que não perdiam oportunidade de zoar com caras como eu e havia os maiores que não davam a mínima para os demais.

Eu vivia com minha mãe e meus dois irmãos gêmeos mais novos, de quem eu deveria tomar conta pela manhã e levar à escola na parte da tarde, o mesmo horário que eu estudava. Levávamos uma vida dura, difícil mesmo. A grana era curta e o carinho mais curto ainda. Naquela sexta-feira, eu estava livre. Os gêmeos tinham ido com a minha mãe para o trabalho a pedido da patroa e a escola havia dispensado os alunos devido a uma reunião de professores.

Naquela época, não havia tantos perigos como hoje em dia. Eu passava todo o tempo de folga na rua. Ali, todo mundo conhecia todo mundo.

Apesar da folga das aulas, o campinho do Irene tava quase vazio. A maioria dos meninos estavam jogando Attari. Para mim, video-game não era utopia, era delírio. Se mal tínhamos o que comer, como poderia pensar em ter um?

Mas naquele dia havia jogo dos maiores. Não eram muitos. Devia ter uns sete ou oito jogadores na pelada. A poeira subia e o cheiro de terra seca invadia minhas narinas alérgicas. Minha mãe dizia: “Num fica no meio do pó que de noite cê fica com crise...” Mas não adiantava, eu não conseguia ficar dentro de casa mesmo.

Talvez pelo frio e pela falta de agasalho, sentado ali nas bordas do campinho comecei a sentir uns calafrios no corpo. Não era como nas crises de bronquite. Fiquei ali, sentado, encolhido e já nem prestava mais atenção na partida de futebol. Por isso, nem percebi que anoitecia, que o jogo já havia terminado e que quase todos os caras já tinham ido embora.

No meio da poeira que ainda estava no ar, percebi que um deles, com uma mochila nas costas, vinha em minha direção. Era magro, alto, branquinho e eu sabia inclusive o nome dele: Joel. Já o vira outras vezes jogando ali. Devia ter uns 26 anos e em algumas ocasiões eu chegara a ter medo dele. Era comum as peladas terminarem em porrada. Joel tava vestido com short branco, curto e folgado. As pernas eram não eram grossas, mas eram musculosas e peludas.

- Tá tudo bem, moleque? – a voz era amigável. Grave, mas amigável.

Eu tremia de frio.

- Você não está bem, cara.

Sentou-se do meu lado e começou a fazer um punhado de perguntas sobre a minha mãe e os meus irmãos. Sabia coisas sobre a minha família que eu jamais pensei que alguém conhecesse. Sabia de tudo. Da casinha feia e pobre onde eu morava, da minha mãe e do meu irmão mais velho que sumira nas ruas de São Paulo. Sabia até o meu nome.

Ficou mais escuro. Pequenas estrelas apareceram no céu negro de São Paulo.

- Vou dar uma mijada. Levanta daí, Ronie. Tem que se movimentar para espantar o frio.

Levantei com dificuldade e o segui quase que mecanicamente em direção àquele matinho que ficava ali perto do campinho. Quando o mato ficou um pouco mais espesso, Joel parou, desatou o cordão do calção de nylon e tirou o pinto para fora. Na escuridão, eu não consegui distinguir muito os contornos do pinto que ele segurava com a mão direita. Começou a urinar. Era um jato grosso que fazia barulho na grama seca do mato.

- Não vai mijar, moleque?

- Num to com vontade.

- Tá com fome?

Só então eu percebi que não almoçara. Estava sem comer desde o café da manhã com pão dormido.

- Tô.

Cambaleei e quase fui ao chão. Parece que a fome, quando lembrada, se manifesta de forma agressiva.

- Êpa, moleque. Vai desmaiar?

Trocou o pinto de mão e me segurou.

Eu me apoiei nele já quando ele balançava o pinto mole para tirar as últimas gotas de urina.

- Aguenta firme, moleque.

Abracei-me firmemente àquele corpo magro e esguio e pus minha cabeça na altura do tórax dele.

- Cê tá mal, heim?

Nessas alturas, já tinha guardado o pinto. Eu estava mole, as pernas bambas acho que de fome.

Meu braço atravessando a barriga dele ali onde ficava o umbigo. Dei-me conta que ele estava sem camisa. Havia um caminho de pelos entre o umbigo e o calção que fazia cócegas no meu braço. O corpo dele estava quente e a situação era muito agradável. Eu não estava acostumado ao contato físico com ninguém. Nem mesmo com a minha mãe. Lá em casa, nem abraço tinha.

Não me lembro em que momento meu braço alcançou a linha do calção e, com o peso, o forçou um pouco pra baixo. Senti o arbusto de pelos ásperos no meu antebraço. Estávamos quase imóveis.

Joel estava em silêncio. O mundo estava em silêncio.

A barriga magra parecia mais funda ainda, como se quisesse que meu braço descesse mais, além do cós do calção. Larguei um pouco mais o antebraço. Ali senti o volume de alguma coisa viva, volumosa, macia, mas consistente...

Deixei-me ali. A respiração de Joel estava um pouco mais acelerada. Meu pinto endureceu furioso.

O volume macio no calção parecia elevar-se, forçando meu braço. Fiz força no sentido contrário e o volume respondeu. Joel pegou a minha mão e colocou o sobre a rola endurecida. Só colocou e eu comecei a apertar aquela massa comprida. A sensação era doida. Maluca mesmo. Algo que eu nunca sentira antes. Agora o pau projetava para frente do calção querendo rasgar o tecido sintético. Sentia a tela que ficava entre nylon e aquela barra dura que me provocava arrepios na coluna.

Não sei quanto tempo fiquei alisando, apertando e mexendo na rola do Joel sob o calção até que ele me forçasse a ajoelhar diante dele.

Minha fome agora era outra. Minha cabeça ficou na altura daquela tenda branca armada. Minha boca salivou. Foi apenas um movimento para a ponta estufada da rola tocar nos meus lábios e eu abrir a bola chupando...

- Ai, moleque... Chupa, viadinho. Chupa seu macho...

Passava a mão na minha cabeça carinhosamente. Alisava meus cabelos e gemia.

- Hummmm....

Respiração curta.

- Deixa eu tirar pra fora. Cê quer?

- Hum.

- Cê quer, moleque? Fala pra mim se você quer.

- Quero. Quero sim, Joel.

Ele não baixou o calção como esperei que fizesse. Subiu a perna do short e tirou a rola.

Agora, acostumado à escuridão, eu conseguia ver. Tinha tamanho médio. Mas era cabeçuda. Aproximei minha boca e senti o cheiro suave da urina que acabara de sair. Estava dura. Duríssima. Lambi. Passei a língua pela cabeça lisa e suave. Ele gemia agora, sem se preocupar .

- Chupa, moleque. Chupa, meu cacete.

E eu chupava. Tenteva engolir, mas não conseguia avançar muito.

Encantei-me com a mata de pelos e com o saco pequeno e peludo. Não sei como sabia, mas sentia que o saco também podia ser chupado. Desci a boca até os ovos e os lambi.

- Chupa, bichinha. Chupa, meu caralho. Hummmmm... Ai, boquinha gostosa...

Projetava o púbis para frente e para mim, a rola dura parecia enorme...

Segurou a minha cabeça e começou a foder a minha boca. Eu não largava o saco peludo, acariciando com a mão direita as bolas gordas e cheias de Joel.

- Cê gosta, né, viadinho...!? Fala.

Tirei a rola da boca e falei:

- Gosto.

- Quer levar essa rola no cuzinho?

Fiquei mudo.

- Não vai me dizer que não sabe disso? Nunca ouviu falar de rola no cu, moleque?

Puxou para cima e ficamos ali, frente a frente, até que Joel me puxasse e me abraçasse.

O corpo dele estava mais quente. A rola dura espetava meu peito e eu tentava encontrar a cabeça lisa e enfiá-la de novo na boca.

- Gostou, heim, moleque?

Uma das mãos de Joel desceu até a calça do meu moleton e entrou por baixo do elástico tateando a minha bunda. Apertava uma das partes da minha bunda. A massagem era deliciosa.

- Agora, sou seu dono, moleque. Vou foder esse cuzinho. Você vai ser a minha mulherzinha.

A cabeça da rola agora estava na minha boca. Soltava uma babinha salgada.

- Para... tira meu pau da sua boca, moleque. Não quero gozar ainda.

Os dedos de Joel chegaram no meu cuzinho e começaram a brincar na portinha.

- Cuzinho apertado... Hummmmm...

Percebi que molhou os dedos da outra mão com saliva e os levou até o meu cuzinho virgem. Forçou um deles na entradinha e o anelzinho cedeu.

- Hummmm... Aiiiiiii...

Gemi com a boca cheia.

- Tá gostando, moleque?

- Hummmmm...

A dor era terrível. Tirei o pau da boca:

- Não. Tira, tira!

- Espera um pouquinho. Esse cuzinho vai relaxar e ai você se acostuma.

Fazia movimento com o dedo ao redor do meu anelzinho. O courinho respondia pressionando a cabeça do dedo.

- Esse cuzinho tá precisando de pica, Ronei.

Revezava as mãos, trocando os dedos enquanto colocava cuspe nos outros.

Eu gemi alto.

- Tá gostando, viadinho? Gosta de ter o cuzinho laceado?

- Ai, ui...

Um dedo conseguiu forçar a entrada e chegar ao meio caminho, quando Joel resolveu colocar mais um. Meu cuzinho reagia pressionando os dois dedos que agora deslizavam quase com facilidade para dentro e fora do meu buraquinho.

- Cuzinho gostoso!

A manipulação surtiu efeito. Já não sentia mais dor. Os dedos entraram e Joel fodia meu cu sem piedade.

- Ai. Ai.

- Tá gostoso? Fala vai, viadinho...

- Ai, Joel. Faz mais forte, faz. Enfia mais...

- Acho que tá na hora de experimentar uma coisa mais grossa....

Virou-me de costas. Ouvi quando cuspiu na mão e molhou a chapeleta lisa do pau e pincelou a porta do meu cuzinho... A sensação era insana. Meu cuzinho parecia soltar um vapor quente que abrasava a entradinha quando o pau passava pelas preguinhas.

- Ai... Hummmm....

- Levanta a bundinha, moleque. Isso. Agora cê vai sentir gostoso.

Joel pôs a cabeça e cutucou, ele cedeu um pouco, de novo cutucou, cedeu mais um pouquinho, abriu com os dedos e colocou a cabeça de novo, e encaixou dentro do primeiro anel. A cabeça parou ali, na entradinha. Joel abaixou o corpo e arremeteu a virilha vagarosamente para frente. O cuzinho abriu, mas a cabeça bem mais grossa que os dedos não conseguiu romper a barreirinha de couro. Joel forçou e eu gritei:

- Aiiiiiiiiii, aiiiiiiiiiii, uiiiiiiiiiii... Tá doendo, Joel. Tira, tira. Dói demais. Tá doendo muito.

- São as pregas, Ronie... Assim que você relaxar, passa a dor.

Tirou o pau. Eu fiquei ali, arreado, como se quisesse que a tortura continuasse. Pensei que havia desistido, mas em seguida cuspiu novamente na mão, lambuzou a cabeçorra da rola e posicionou-se para o ataque. Desta vez encostou o tronco em mim. O peitoral tava colado na parte superior das minhas costas. Aquele calor quentinho era demais.

E novamente aquela coceirinha na porta do cu recomeçou quanto ele pôs a cabeça do pau duro na entradinha do meu cu. Joel me segurou. Abraçou-me com um dos braços enquanto forçava o pau molhado na abertura estreita do meu cuzinho. Meu cuzinho gemeu e dilatou esperando aquilo tudo, ele deixou com calma e empurrou mais um pouquinho. A cabeça espremeu-se toda e como uma rolha ao contrário entrou no buraquinho apertado. Joel continuou forçando. Entrou mais e logo a cabeçorra já estava toda dentro.

- Hum.... Ahnnnn.... Que cuzinho apertadinho, Ronnie.

A dor era lancinante. Parecia que algo rasgara dentro de mim. Um dor fina, como se um espeto tivesse me furando.

Joel parecia saber o que estava fazendo. Ficou ali, paralisado, esperando eu me acostumar com o intruso. Demorou tanto tempo que eu tomei a iniciativa e rebolei no seu pau, já acostumado com o volume no salãozinho de entrada.

- Passou a dor, né, viadinho?

Parecia uma agulha quente rasgando meu cuzinho...

- Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii ii!!!!!!

Segurou forte a minha cintura e entrou firme no meu cu. A rola foi deslizando dentro do meu cuzinho e tora de carne maravilhosa invadiu minhas entranhas. As minhas pernas ficaram moles novamente.

- Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii ii!!!!!!

Mas já não era somente dor que eu estava sentindo. Era um misto de prazer que queimava o meu cuzinho e subia pela espinha...

Os pentelhos de Joel estavam colados na minha bunda.

- Hum.... Ahnnnn.... Agora esse cuzinho é meu. Eu fui o primeiro a meter nesse buraquinho....

Tirou uma porção da rola dura e meteu novamente me fazendo gemer....

- Aiiii.... Ui...

- Vou te foder agora, viadinho...

E a rola começou a pistonar no meu cuzinho primeiramente de leve. Joel parecia enlouquecido metendo a rola duríssima no meu cu. Fungava. Gemia baixinho. Tava mechendo só com a bunda, sem afastar muito de mim.

- Cuzinho gosotoso... Cuzinho apertado... Vou arrombar você todinho, moleque... Pede. Pede pro papai te fuder.

- Ai, Joel... Me fode...

- Cê quer rola, sua bichinha....? Toma rola, toma!

- Me fodeeeeee....

Inclinou o tórax para traz e a arremessou a virilha para frente e ficou olhando o pau entrar e sair. O pau entrava todo. Ele socava o pau no meu cuzinho com força e com tanta precisão que, em dado momento, já nem se mexia mais, eu fazia todo o trabalho de vai-e-vem me jogando para traz, eu mesmo me fodendo naquela rola cabeluda de homem. O barulho escorregadio de saliva e da bunda se chocando com o púbis era excitante demais.

- Ai, gostoso. Me dá esse cu, dá. Fala pra mim, fala. De quem é esse cuzinho?

- É seu Joel. É só seu...

- Meu cacete também é só seu, viadinho. Sente. Tá sentindo? Eu to te fudendo...

E metia e tirava a rola dura do meu cuzinho de menino. Eu chorava mole a cada empurrão.

Estocava fundo. Era gostoso demais. Eu tava dando pela primeira vez e para um homem lindo e carinhoso.

- Minha putinha... arranquei o seu cabaço, viadinho...

De repente, Joel tirou a rola do meu cu. Um vazio frio chegou na minha bunda. Reclamei.

- Calma, minha putinha. Calma. Ainda não acabei.

Pegou a jaqueta da adidas na mochila, forrou a grama e me mandou deitar de costa.

- Levanta as pernas, moleque.

Levantei e ele segurou minhas penas arqueadas deixando a minha bunda exposta, virada pra cima. Desta vez cuspiu no meu cuzinho e passou os dedos. A rola encaixou na entradinha e ele, agora por cima, enterrou o cacete até o saco. Senti a mata de pentelhos que já sentira antes encostar na minha bunda.

- Agora vou te fuder. Cê nunca mais na vida vai esquecer disso.

Começou a fuder o meu cu. Batia com força o púbis na minha bunda que soava como um tapa.

Parou de falar e se concentrou em meter. Era bom demais.

- Hum... hum... ai... ui... aiii...

Acelerou o compasso. Agora metia com força.

- hum... hum...

A rola saia até a cabeça e depois voltava toda pra dentro do meu cuzinho que se acostumara totalmente com o volume. O saco encaixava direitinho no meu rego. Com uma das mãos, Joel me dava uns tapas fracos mas firmes na bunda.

- Te arregacei, moleque. Agora vou gozar. Vou te dar meu leitinho. Vou esporrar lá dentro.

E voltou ao bate-estaca na minha bunda. Acelerou. Gemia como um touro. Fungava.

- Toma minha rola, toma.

- Fode. Fode. Me fode Joel.

- Aí vai!

E eu senti a rola explodir dentro de mim, soltando uma enxurrada de porra no meu cuzinho recém-deflorado.

Ele soltou o corpo em cima de mim, e ficamos ali, grudados como cachorros no cio. Suor escorrendo, respiração descompassada. O pinto amolecendo no meu cuzinho. A porra escorrendo farta no meu rego.

Joel então levantou devagar. Vestiu o short branco e me disse:

- Vê se não abre o bico, viu, moleque. Esse é o nosso segredo.

- Pode deixar. Não vou falar pra ninguém, Joel.

- Leva a minha jaqueta que tá muito frio.

Me ajudou a levantar, tirou a grama que tava no meu cabelo e ficou me olhando.

- Vê se não vira bicha, viu?

- Não. Eu não vou virar não, Joel.

Enfiou a mão na mochila e triou 5 reais e me deu. Não acreditei.

- Vê se compra alguma coisa na padaria pra comer. Quer que eu te leve até perto do córrego?

- Precisa não, Joel. Eu vou sozinho.

- Eu vou primeiro, depois cê sai daqui do mato e vai logo...

Pôs a mochila nas costa e saiu... Não dera três passos quando eu o chamei:

- Joel!

- Que foi, moleque?

- Eu te ....

- Já sei, moleque. Já sei. Vem aqui amanhã que a gente faz mais. Eu to de férias da faculdade e vou jogar aqui todos os dias.

Virou-se e foi andando na direção da rua.


Aquele seria o mais importante inverno de minha vida. O mais feliz, o mais alegre.

No dia seguinte, acordar de manhã, limpar a casa, lavar a louça, arrumar os gêmeos e ir à escola traduziram-se em um amontoado de gestos mecânicos e silenciosos. As insistentes perguntas dos gêmeos sobre todas as coisas do mundo foram respondidas por monossílabos.

A quinta aula de Geografia passou num lapso. Levei os gêmeos para a casa da D. Creusa, uma vizinha generosa a quem chamávamos de madrinha. Saí dizendo que precisava fazer um trabalho de escola e nem mesmo esperei para ouvir algo que ela dizia sobre o tempo ou coisa parecida. Voei para o campinho. Em vão. O campinho estava deserto. Sequer sinal dos maiores e menos ainda do Joel. Andei a esmo pelas ruas do bairro. Passei pela padaria. Os 5 reais estavam ainda no bolso, a nota intacta era a única certeza de que tudo realmente acontecera. Ah! A jaqueta que a minha nem percebera também estava ali comigo. Dormira a noite inteira com o rosto colado nela. O cheiro impregnado de Joel fora inalado como bebida doce.

Deveria ir até a casa dele? Despertaria suspeitas? Racionalmente não tinha como responder, mas meus pés se encarregaram de levar-me até ali. A casa amarela com um jardim na frente. As rosas que a sua mãe cultivava. O abacateiro e o cachorro vira-lata. Fiquei ali enquanto anoitecia. Não me arrependi. Joel surgiu no início da rua. Primeiro ouvi o assovio tentando encontrar as notas do GUNS: Patience! Eu amei aquela música. O assovio foi se aproximando...

- Fala, moleque!

Eu, mudo.

- Tá fazendo o que aqui? Algum pipa no relo?

- Vim devolver a sua jaqueta.

- Ahhh... Cheguei a pensar que queria alguma coisa... – aquele meio riso veio aos olhos.

Joel foi a única pessoa que conheci que sorria mais com os olhos que com a boca. Isso fazia o sorriso parecer uma brincadeira.

- Quer entrar?

Não acreditei. Ele estava me convidando para entrar na casa dele. E ele era do grupo dos maiores. Até então, pensara ser isso impossível.

Abriu o portãozinho de ferro e entramos na casa após atravessar o pequeno jardim. A porta azul abriu-se após Joel manejar a fechadura. Era simples, mas completa. Muito melhor que a casa da minha família.

- Fica tranqüilo. Não tem ninguém em casa. Foi todo mundo para a Praia Grande. Eu fiquei por causa da rematrícula na faculdade.

Joel tinha um quarto só pra ele com banheiro e saída independente pelo lado. Abriu a geladeira, tomou água no gargalo da garrafa e encheu um copo de suco de laranja de uma caixinha.

- Toma!

Peguei o copo e sorvi o suco num gole só.

- Tava com sede, heim, moleque.

Ficou me olhando um tempo. Foi até a televisão, ligou-a e sal pela porta da cozinha em direção ao seu quarto dizendo:

- Fica aí que eu já volto.

Ouvi quando ligou o chuveiro e assoviou afinado as notas de "Patience". Misturava assovios com a letra:

Little patience, yeah
Need a little patience, yeah
Just a little patience, yeah
Some more patience, yeah

Cantarolava trechos:

“All we need is just a little patience…”


Depois de uma meia hora infinita sem vê-lo, ouvi o grito dele lá de dentro:

- Vem aqui, moleque.

Fui à direção da voz e entrei num quarto largo e arejado. O quarto dele era maior que a casinha em que morávamos. Tinha cortina e cama de casal. Joel tinha tirado a roupa e estava com uma toalha enrolada na cintura. Evitei olhar para ele. Sentia certa vergonha depois de tudo.

- Tá com medo de mim, Ronie?

- Num to não, Joel.

- Então olha pra mim. Num quer ver de pertinho o que eu te dei ontem?

Levantei os olhos e lá estava ele. A toalha branca encobrindo a virilha tinha um tufo bojudo na frente. Joel levou a mão até aquela saliência bojuda e apertou.

- Quer ver?

- Quero.

- Vem cá e pega.

Fui onde ele estava e parei ali, perto da cama.

- Senta aí da cama.

Sentei e ele posicionou ainda de toalha na minha frente.

O bojo estava mais proeminente ainda.

- Pega. Eu sei que cê quer pegar.

Avancei a mão e toquei o tecido felpudo da toalha. Alisei o volume massudo, apertei. Joel respirou mais forte. Apertei de novo e bojo reagiu. Mas a coisa dele não estava solta. Ele estava de cueca por baixo da toalha. Ele trouxe a virilha até perto do meu rosto e eu fiquei maluco com o cheiro de sabonete que exalava do seu corpo.

- Enfia a mão por baixo da toalha, moleque.

Entrei com a mão debaixo da toalha e fui direto àquele segredo que tomara conta da minha mente desde o dia anterior. Encontrei como já notara a barreira de uma cueca de nylon segurando a trouxa de rola e saco. Agora podia sentir melhor os pelos. Eu tremia. Alisei o pau sob a cueca. Estava duro. O tecido da cueca esticado parecia não dar conta da massa endurecida.

- Tá tremendo, moleque? Pera aí...

- Tirou a toalha e surgiu diante de mim com seu físico lindo. Agora, na claridade, vi que tinha mais pelos no corpo do que eu pensara na noite anterior. O volume da pica enrijecida era ainda maior. Minha percepção parecia ter falhado. Era tudo muito mais bonito. A cueca vermelha estava tão estufada que o cós distanciava-se da barriga magra, permitindo o tufo de pelos sobressaírem da virilha. A rola desenhara-se no tecido. Dava pra ver até o contorno da cabeça gorda que entrevira antes, na escuridão.

- Beija.

Joel não precisou pedir novamente. Beijei. Beijei a rola dura. Apertava meu rosto na dureza quente do pauzão de Joel. Afundei o meu nariz entre a raiz do pau e o saco macio. Cheirava. Joel fungava baixinho:

- Sentiu saudade, moleque?

- Senti, Joel.

- Cê esqueceu o que te disse ontem, para não virar bichinha?

- Não, Joel. Esqueci não. Eu num virei bichinha não.

- Ah, bom... Agora tira meu pau pra fora... Oh como tá duro para você, moleque...

Desci a cueca e aquele tesouro maravilhoso foi se revelando diante dos meus olhos. Respirava fundo. Toquei na rola gorda com as mãos tremendo. Quente. Quentíssima. Parecia uma barra de ferro em brasa. Empinado para cima com sua enorme cabeça redonda repuxada para trás.

Por onde começar? Joel baixou o corpo e encaixou a cabeça lisa e lustrosa nos meus lábios.

- Mama, moleque.

Lambi a cabeçorra gorda. Estava úmida. Um sabor levemente salgado.

- É o meu melzinho. Mama gostoso que sai mais.

Mamei. Não sei de onde veio a idéia de mamar como se fosse um bebê. Mastiguei a rola com os lábios, sugando-a para dentro de mim.

- Para, porra. Para! Assim cê vai me fazer gozar logo...

Cheguei a pensar que o havia machucado.

- Lambe meu saco, vai. Chupa as minhas bolas.

Segurou a cabeça molhada da rola e a ergueu, dando-me acesso absoluto ao saco peludo dependurado. Gemia baixinho.

- Hummmmm... Hummm... Chupa meu saco, Ronie. Chupa. É aí que fica o leitinho que eu vou te dar...

Lambi. Enchi a boca com uma das bolas. Passei a língua no tecido enrugado e cheio de pelos...

- Ai que delícia, moleque. Aie..... Hum... Ahmmmm...

Voltei a atacar a rola. Joel segurou os dois lados da minha cabeça e forçou a rola pela minha garganta. Engasguei. Afrouxou a pressão por um minuto. Voltou à carga. Minha garganta se acostumando com o invasor. A rola babava. O melzinho salgado jorrava na minha garganta.

- Ai, putinha. Mama a caceta do seu macho.

Eu estava perdendo a noção das coisas. Eu mesmo forcei a rola mais profundamente. Senti a cabeça tocando as paredes internas do meu pescoço. Joel começou um lento vai-e-vem afundando a pica dura mais e mais dentro da minha boca. Eu respirava fundo. Meus olhos arregalados vertiam lágrimas. Os pelos colaram na minha boca.

- Tá todo dentro, moleque. Cê engoliu tudinho.

Era sufocante, mas delicioso. Eu tava ali, com o piruzão dele todo enfiado na minha boca. O saco peludo no meu queixo.

Joel foi tirando o pau devagar até ficar somente a cabeça nos meus lábios.

- Mama igual você fez há pouco, moleque. Faz de conta que é uma chupeta.

Suguei fazendo barulho.

- Quem te ensinou isso, porra? Ai, delícia... Aperta meu saco, aperta, moleque...

Alisava o saco. Mamava a cabeça gorda da pica. Passava a língua pelo cabresto. Engolia o melzinho de Joel.

- Num agüento mais, moleque. Vou te fuder. Vamo lá no banheiro que eu vou te dar um banho...

Entramos no banheiro. Joel ligou o chuveiro e a água era quente. Quase queimando como eu gostava. O pinto continuava duro. Uma rocha. Joel derramou o shampoo sobre a minha cabeça e massageou os meus cabelos lisos. De novo, assoviava GUNS. Enxaguou-me. Fez espuma como o sabonete cheiroso e me ensaboou todo o corpo. Passou a mão nas minhas costas e foi descendo.

O pauzão roçando na minha barriga sem pelos. Eu tentava segurar a rola, mas Joel não me facilitava. Cantarolava:

"Shed a tear 'cause I'm missing you
I'm still alright to smile
Girl, I think about you every day now
Was a time when I wasn't sure
But you set my mind at easy
There is no doubt you're in my heart now.."

A mão fina cheia de sabão alcançou minha bunda. Apertou cada uma das nádegas e avançou em direção ao meu rego e deslizou para o meu buraquinho ainda dolorida pelo esforço do dia anterior.

- Ai!

- Dói?

- Só um pouco.

- Então vamos parar... Cê num vai agüentar...

Respondi rápido:

- Num vai doer mais não, Joel. Pode enfiar o dedo. Eu agüento.

- Se doer, cê me fala, moleque.

O dedo agora fazia pequenos círculos na portinha do meu cu. Ensaboava o dedo e voltava ao ataque.

- Que cuzinho mais apertadinho, moleque.

- Hum... Ahm...

O dedo instente consegui passagem pelo primeiro anelzinho e massageva aquele salãozinho na segunda portinha.

- Hummm. Aiiii.. Ahm... – eu gemia.

- Cê gosta, né, moleque?

Agora eu estava atracado ao corpo inclinado de Joel que trabalhava meu cuzinho com os dedos.

- Já acostumou... geme mais alto moleque. Eu quero ouvir.... Geme.

- AHHHMMMM... AHHHMMMM... Minhas pernas tão mole, Joel.

- Tá acabando... A gente já vai sair...

- Não.. pode fazer mais, Joel... – tinha medo que ele desistisse e acabasse com tudo.

Joel me enxaguou, secou o meu corpo cuidadosamente.

- Vamos pra cama.

Fomos de volta para o quarto com o pintão do Joel apontado para o teto.

- Joel...

- Fala, moleque...

- Deixa eu chupar mais.

- Claro, moleque. Vem.

Deitou-se na cama com as pernas peludas abertas e eu subi em sua direção por entre as suas coxas de atleta.

Joel era cheiroso. Não era cheiro de sabonete apenas. Era o cheiro dele mesmo. Cheiro de macho. Homem grande.

Peguei na rola dura e punhetei. A cabeça surgiu linda, brilhante, molhada. Passei a língua. Coloquei meus lábios e os fechei. Comprimi mesmo. Fui descendo a cabeça em direção aos púbis lindo do meu Joel. Sim, ele era meu. Como nada em minha vida tinha sido. Engoli aquela rola rombuda sem engasgar. Permiti que estacionasse no fundo da minha garganta. Não sufoquei, nem chorei. Joel gemia alto. Fungava. Soltava grunhidos.

- Ai, moleque... Cê conseguiu engolir tudo...

Senti-me enaltecido. Quase herói. Joel estava ali, submisso aos meus tratos, aos meus carinhos e à minha boca gulosa que engolfava aquele membro viril e portentoso.

- Ninguém nunca conseguiu fazer isso, moleque...

Começou a foder a minha boca com pequenos trancos. O púbis afastava-se do meu queixo e voltada suave. A glande redonda de Joel esbarrava no fundo da minha faringe. Não sei como, descobri que a respiração pelo nariz facilitava tudo.

- Para, moleque. Para, porra! Para se não eu vou gozar...

Retirei a rola dura da minha boca e olhei para o rosto do meu amado. Joel ria. Fiquei envergonhado.

- Tá com vergonha, moleque. Vem cá, vem. Senta aqui no meu colo.

Trepei pelas pernas subindo até que a minha bunda estivesse na altura no arbusto de pelos do Joel. Quando baixei o corpo, ela estava lá, esperando minha bunda. Escorregou pelo rego do meu cu, grossa, duríssima, fabulosa.

- Seu cuzinho tá querendo rola, moleque.

- Joel... eu te...

- Já sei, moleque. Já sei... Mas agora o que eu quero é foder esse cuzinho lindo.

Baixei meu tronco e deitei-me sobre o tórax magro mas seguro de Joel. Ele passou os braços sobre mim e me apertou ao seu corpo. O hálito de creme dental inundou-me as narinas... Naquele momento, o mundo se resumia naquele lugar, naquela cama, nos braços do único adulto que me deu atenção.

Pouco a pouco, Joel foi me virando de costa e colocando-se sobre mim. Segurou as minhas pernas e as elevou, colocando-as sobre os ombros. Mas uma vez fiquei com o cuzinho exposto, à mercê da vara dura que roçava meu buraquinho. Era demais. Gemi...

- Tá gostando, moleque? Fala pra mim. Fala para o seu papai aqui...

- Tô sim, Joel. É muito bom...

A cabeça da pica encostou de vez na entrada e Joel começou a provocar as minhas pregas, empurrando e retraindo levemente o corpo.

- Vem, Joel. Enfia... Enfia na minha bunda, enfia... Põe seu pinto dentro de mim... Entra dentro de mim, Joel.

Joel ajeitou-se, forçou devagar a entrada e a pele foi cedendo. Mais fácil do que no dia anterior, a cabeçona entrou no meu cu. Era diferente desta vez. Eu tava sentido a dureza do pau, os pelos, a força daquele cara. A rola entrou todinha... Tava consumado. Senti meu cuzinho todo preenchido, recheado com aquela rola dura e grossa.

Joel arqueou a bunda e a rola saiu até a cabeça e novamente retornou e enterrou toda a vara de uma vez no meu cuzinho:

- Ahhhhhhnnnnnnnn...

- Gemi, safado! Geme!

E começou a me foder duro, batendo o púbis na minha bunda. Eram trancos rápidos, fortes e firmes. Murmurava coisas desconexas.

- Ahhhhhhnnnnnnnn... Ahhhhhhnnnnnnnn...

- Estou te fodendo de verdade desta vez, moleque. Toma...

E naquele bate-estaca o saco batia no meu rego e cada baque soava como um tapa.

- Ahhhhhhnnnnnnnn... - Ahhhhhhnnnnnnnn...

- Toma rola, seu viado. Toma!

- Aiiiiii... uiiiiiii... ahmmmmmmmm...

E o compasso acelerou. As estocadas passaram a ser mais curtas. Joel baixou o corpo todo sobre mim, cobrindo-me como macho cobre fêmea. Puxou-me apertado e continuou a meter duro em mim. Ambos suávamos copiosamente. E tudo aquilo foi num crescendo ininterrupto como estopim em direção à bomba. Bomba! Era isso. Joel bombava as minhas entranhas perfurando meu cuzinho. Respirava forte e rápido. Soltava grunhidos altos:

- Aghhhhh... Ahmmmm.... Ahmmmm... Que cuzinho apertado, Ronie. Eu vou gozar, moleque. Vou gozar... Aiiii... Tô gozando, moleque... Segura...

Explodiu dentro de mim. Jorrou mais porra que o dia anterior, mas continuava bombando...

- Aghhhhh... Ahmmmm.... Ahmmmm...

Foi descompassando lentamente... Lentamente, até soltar todo o peso sobre mim. Foi o abraço mais aconchegante que recebi em toda a minha vida. E eu ficaria ali para sempre se pudesse. Poderia morrer ali... O peso de Joel não me pesava... O cheiro forte de sexo me embriagava. A respiração voltando ao normal soprando no meu pescoço... Creio que chegou a dormir sobre mim. Mas , na minha vida, os bons momentos sempre duraram tão pouco. Não foi diferente. Joel levantou-se devagar.

- Tá com fome, moleque?

- Aham!

- Vamo lá cozinha pesquisar alguma coisa pra comer.

Comemos, assistimos a um filme na TV e já era quase meia-noite quando foi me levar em casa. Minha mãe acabara de chegar e veio nos receber no portão.

- Tá dando trabalho para o Joel, Ronie?

- Não. Ele se comportou bem. Tô pensando em levar ele à Praia Grande no feriado de 9 de julho. A senhora deixa?

- Mas ele num vai te dar trabalho, não, Joel?

- Que nada. Lá tá cheio de criança e ele vai poder brincar. E depois, eu durmo no quarto dos fundos, na edícula, e ele pode ficar comigo lá.

- Então tá bom.

Realmente, aquele foi o melhor inverno da minha vida. Finalmente as férias chegaram. Estava livre que nem um passarinho. Os gêmeos foram para uma das casas em que a minha mãe era diarista. A casa era de um senhor viúvo sem filho que gostava muito da minha mãe. Acho até que eram namorados de tanto que ela falava nele. Até chegar o feriado, eu passava quase todo o tempo com Joel. Passeávamos quase todos os dias. Às vezes uma simples ida ao supermercado, outras vezes passeios de verdade. Ele me levou ao Ibirapuera, à Oca, ao Shopping, ao cinema e até ao Play Center. Mas o passeio inesquecível foi o passeio de trem até Paranapiacaba. Ríamos tanto que chegava a me faltar o ar. Eu estava entregue àquele amor misterioso e anônimo. Muitas vezes ele passava o braço em meu ombro e me abraçava carinhosamente. Outras simplesmente assobiava Patience... Joel amava o GUNS.

A viagem à Praia Grande, apesar do inverno, foi maravilhosa. Voltamos ainda uma vez mais ao Planetário. Aquela visita mudaria minha vida para sempre. Vi as estrelas, os planetas, as constelações... Creio que foi ali que decidi estudar Geofísica. Ali desenhou-se o meu futuro profissional, o meu ingresso na USP e toda a minha carreira acadêmica. Joel comprou-me uma luneta astrômica de segunda mão e passamos algumas noites acordados vendo o céu... Foi com Joel que aprendi a reconhecer Marte iluminado pela luz do Sol, tantas vezes confundido com uma estrela. 

Dormia e acordava entre as pernas do Joel. Passei a ter o mesmo cheiro dele, o mesmo hálito... Aprendi o que era amor. O que era paixão. As batidas rápidas do coração quando o via, a sensação de que algo ía subindo pela garganta em direção à boca.

O riso do Joel estampado mais nos olhos que na boca... Definitivamente, eu estava apaixonado.

Mas as férias acabaram. Agosto veio com aquela sua característica de mês que não acaba e eu já não conseguia mais ver o meu Joel. Durante alguns meses ainda tentei encontrar um jeito de ficar com ele, mas a faculdade dele começou a apertar e ele não teve mais tempo para mim.

E eu voltei a minha vidinha pequena, triste e sem sentido. Mas as aulas de Geografia passaram a ter novo significado para mim. Frequentava a pobre biblioteca da escola em busca de livros sobre astronomia. Olhava o céu, à noite, e tentava desvendar o mistério negro onde estava fixada a Via Láctea. Sonhava com Joel, mas vivia a realidade das estrelas.

Num domingo de dezembro, já quando o clima de Natal dominava a todos, Joel apareceu na minha casa. Eu já estava de férias e estava assistinho a TV a cores nova que a minha comprara em longas prestações recentemente. Eu estava sozinho, minha mãe fora trabalhar e levara os gêmeos.

Olhei para ele. Parecia diferente. Mais maduro. Mas estava bonito, vestido com moletom azul e camiseta branca.

- Oi, moleque.

- Oi.

- Tá engrossando a voz, moleque? Cresceu. Só falta criar barba.

- Cê quer alguma coisa, Joel?

- Tá bravo comigo, Ronie?

- Não. Nunca.

- Ah, bom. Vim trazer seu presente de Natal.

Entregou-me uma caixa grande e pesada, embrulhada em papel de presente vermelho com carinha de papais-noel por todo lado. Eu ficara ali, parado, segurando a caixa, olhando nos olhos daquele meu amigo.

- Não vai abrir? Deixa eu te ajudar.

Sentou na cadeira velha de madeira e rasgou o papel de presente. Era um sonho. O Attari novinho revelou-se diante dos meus olhos. Um sorriso esboçou-se nos meu lábios.

- Gostou?

- Muito, Joel.

- Não vai me dar um abraço?

Dei a volta na mesa e fui até onde ele estava sentado. Ele abriu os braços e me aconchegou ali, junto do seu peito. O cheiro dele inundou minhas narinas. E novamente fui tomado por aquele tremor. As pernas ficaram bambas. A respiração difícil. O coração saltando.

A mão dele desceu lentamente em direção ao meu calção, ganhou espaço por baixo do cós e apertou firme as minhas duas nádegas.

- Ainda estão durinhas... – falou rindo.

- Joel, posso...

Ele levantou-se e então eu pude ver o volume enorme na calça de moletom.

- Vem pegar, vem.

Passei a mão sobre o bojo enorme sob a calça. Comecei a arfar. Não podia esperar muito tempo. Desci as calças e vi a cueca branca recheada com o brinquedão cabeçudo, melhor e mais gostoso que o Attari inclusive. Apertei o volume para identificar a rola grossa que já se projetava. Tirei o pau endurecido e ajoelhei-me diante dele. Chupei com mais vontade do que qualquer dos dias anteriores. Joel arfava. Gemia. Eu continuei. Comecei a bater uma punheta leve naquela pica dura e peluda. Segurei os ovos.

- Ai, moleque. Continua...

Continuei... Revezava entre chupar, lamber e abocanhar o mastro saboroso de Joel.

Punhetei o caralho gostoso de Joel...

- Vou te dar algo de que você nunca vai esquecer, Ronie.

Punhetava. A pele ia e volta sobre a cabeça rosa do pau do meu amado. Mais homem que todos os homens que eu até então conhecera.

- Bate mais forte e encosta sua boquinha na cabeça, moleque.

Abri a boca, encostei na cabeça quente do pau e continuei batendo. O compasso acelerou quando percebi que a sua respiração intensificava.

- Ai, meu moleque... Ai...

De repente, sem prévio aviso, Joel tomou o caralho das minhas mãos e passou ele mesmo a bater um punheta rápida, precisa.

- Não tire a boca, moleque... Ahmmmm... eu vou gozar, Ronie. Vou te dar meu leitinho. Cê vai beber a minha borra, moleque. Todinha. Nunca mais cê vai esquecer o meu gosto...

Agora o movimento era quase enlouquecedor. A cabeça aparecia e entrava na minha boca para em seguida esconder-se na pele suave do prepúcio.

- Ahmmm... Ahhhmmm...

Enfiou a caceta na minha boca, não no fundo, não na garganta, mas ali na língua e então senti. O líquido grosso, viscoso e áspero derramando na minha boca, inundando minha boca, irrigando a minha boca, tornando-a também sua, como já fizera com meu cuzinho, com meu corpo jovem, com a minha alma, com a minha vida toda...

Não queria engolir. Não porque tinha nojo do meu Joel. Mas para não acabar com aquele momento. Para não desfazer o instante mágico e poderoso de carinho e de amor. Amor que eu jamais senti ou sentiria em toda a minha vida por alguém.

Mas, infelizmente não temos controle sobre todas as coisas, sobre todos os eventos...

O pau de Joel ficou flácido dentro da minha boca. O sabor enchia minhas papilas e o cheiro entrava pelos meus poros...

- Foi bom demais, moleque. Vai ser difícil te esquecer... Depois que a sua mãe casar com o viúvo, cê num vai mais voltar por aqui...

Esquecera que íamos mudar de bairro. Minha mãe se arranjara com o tal viúvo lá no Centro, pelas bandas da Nove de Julho.

- Vou sim, eu volto sozinho, Joel...

Esboçou o meio sorriso de olhos.

- Tá bom que eu acredito, moleque...

- Mas eu num quero ir, Joel. Agora que você voltou...

- Num tem jeito não, moleque... Essa história não podia mesmo continuar...

Uma pedra enorme e pesada pesou na minha garganta. Parecia que meus olhos iam saltar de órbita.

- Já disse que num gosto quando cê fica com esses olhos esbudegados pra cima de mim...

Eu queria gritar, chorar, falar... Mas nada saía da minha garganta. A pedra enorme atravessava a minha fala, a minha respiração...

- Mas, Joel...

- Promete pra mim que cê num vai virar bichinha, Ronie. Promete?

- Prometo, Joel. Prometo...

- Promete que cê num vai se perder no caminho, moleque. Estuda. Estuda muito. Aproveita esse seu padrasto. Cê é inteligente, moleque. Não pode é errar no caminho.

- Prometo, Joel. Num errar no meu caminho... Nunca... Mas deixa eu ficar, Joel... Deixa eu morar com você...

O meio riso de novo...

- A vida não é assim, moleque. Um dia cê vai aprender...

Agora as lágrimas desciam pelo meu rosto. Não conseguia segurar mais.

- Não chora que fica difícil pra mim também, Ronie... Num chora, moleque...

Abraçou-me apertado e ficamos ali, com minhas lágrimas e meu catarro escorrendo pela camiseta azul do Cruzeiro de Minas. Tirou um lenço, secou o meu rosto e disse:

- Vamos instalar esse Atarri logo, pra gente ver se você sabe jogar isso mesmo...

A voz estava trêmula, titubeante. Simulava um engasgo... Olhei no rosto do meu Joel. Os olhos tristes tentavam disfarçar a lágrima teimosa que escorreu e caiu sobre as minhas.

Instalou o Attari e eu nem me importei. Fungava com o resto de choro entalado. Mas ele não me pediu mais para parar de chorar. Quando acabou, na tela da TV surgiu a imagem do Pit Fall.

- Esse é bom, Ronie. Esse aí cê num conhece não. É novo. Vai! Pega o controle e joga, moleque.

Sentado eu estava naquele sofá velho de listras marrons, sentado eu permaneci.

- Faz isso comigo não, Ronie. Cê tá me deixando triste. Os olhos tristes de novo.

Sentou-se também no sofá, mas não perto de mim. Arrasteia a minha bunda devagar até encostar em seu corpo.

Ele desenhou um riso meio pobre, passou a mão sobre meu ombro.

- Tenho de ir, Ronie. Todo mundo lá em casa vai para Praia Grande. Não é bom ficar sozinho no Natal.

Levantou-se. Estendeu a mão branca de dedos finos. Segurei forte. Apertei.

- Joel, eu ...

- Já sei, moleque. Eu já sei. Eu também...

- Mas eu nunca senti isso antes, Joel...

- Mas vai sentir ainda, Ronie... Vai se apaixonar e ainda vai amar muito nessa sua vida... Cê só tá começando...

Levantou-se. Meu coração veio à garganta. Ainda no pequeno portão Joel se voltou:
- Ronie, eu...
E eu respondi laconicamente:
- Eu sei, Joel... Eu sei!
Meu amigo abriu o portãozinho e foi andando em direção á tarde terminal... Ao longe, eu ouvi o assovio e correspondi no meu inglês macarrônico em pensamento..
"Shed a tear 'cause I'm missing you
I'm still alright to smile
Girl, I think about you every day now
Was a time when I wasn't sure
But you set my mind at easy
There is no doubt you're in my heart now"...

O assovio de Joel sumiu na noite preta de dezembro. Mas nunca, jamais sumiu dos meus ouvidos. Nada, absolutamente nada, nem o tempo, nem a distância, nem a dura vida desta cidade louca conseguiram apagar a ternura, o carinho e aquele amor tão intenso que se desenhou em minha adolescência.

Passou-se um século desde aquela tarde. Fomos embora para a casa do seu Wilson. E como Joel pediu, aproveitei a chance. Estudei como louco lá na nova escola no Centro da cidade. Mas um século passa tão rápido para quem tem motivos para lembrar... Lembrei-me dele todos os dias da minha vida. E na semana passada, quando voltávamos - a minha mãe, um dos gêmeos, minha esposa Miriam, meu filho e eu -, da missa de sétimo dia da morte da madrinha, aquela que olhava os gêmeos, olhei de relance a casa amarela do Joel. Havia uma garagem no lugar da roseira. E um certo quê de requinte na fachada reformada. Um homem saiu ao portão e não era Joel. Não era o meu Joel.
Não sei por onde você anda, meu querido. Mas você não tinha razão. Nunca amei ninguém como amei você. Em cada rosto que tentei amar, o seu sorriso me alertava de que eu não podia pertencer a mais ninguém senão a você. 
Mas quero dizer que graças a você, eu não virei bichinha e nem errei o meu caminho. 
E todos os dias, quando entro na Universidade para dar as minhas aulas, lembro de você. A luneta está no meu escritório, sobre a minha mesa... O velho Attari está ainda guardado numa caixa. Seu sorriso tatuado em algum lugar do meu cérebro. E você, Joel, você inteiro continua amalgamado em minhas lembranças.
E quando eu ouço a música do GUNS, eu sei com certeza que terei muitas lembranças ainda para compensar todos os meus dias longe de você.

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